Produção Empurrada, Produção Puxada e Sistema Misto
Os conceitos de produção empurrada e produção puxada surgiram nas década de 50 e 60, com a necessidade de atender a demanda de clientes na indústria. A evolução do modelo ocorreu principalmente com o Sistema Toyota de Produção, modelo para suportar o JIT (Just In Time) e Kanban, método visual para controle de produção e prever gargalos no processo.
Imagem: Blog Toyota
Produção empurrada (push system)
A empresa trabalha com produção em grandes lotes, mais voltada para estoque. O planejamento é baseado em estudo de mercado (atender sazonalidades) e histórico de vendas. A divulgação dos produtos é outra forma para obtenção de caixa e justificar a produção em escala.
Produção puxada (pull system)
Baseia-se na demanda e estoque reduzido, sendo a produção iniciada a partir da demanda do cliente. Para isso, deve ter um sistema eficiente de produção, sem gargalos e com prontidão no atendimento. O JIT (Just in Time) é um sistema muito conhecido e utilizado neste contexto. Visa a redução de custos, eliminação de desperdícios e estoque de produtos.
Sistema misto
Ocorre quando os dois conceitos (empurrada e puxada) são utilizados juntos pela empresa no fluxo de valor completo ou uma parte do processo.
Aplicando os conceitos em TI: Kanban Agile
Trazendo os conceitos industriais a TI, a principal aplicabilidade do Kanban é na área de desenvolvimento de sistemas. As tarefas que estão no backlog do time devem ter uma esteira de publicação contínua e sem gargalos. Só assim, conseguimos atender as demandas do mercado, como campanhas publicitárias e mudanças de requisitos.
Quando aplicado o Sistema Kanban, devemos considerar:
- Geração de valor das entregas
- Visualização das tarefas e o limite de WIP (work in progress)
- Sistema puxado
- Tornar os problemas explícitos e engajar as pessoas na mudança
O widget de Flow do VSTS (Visual Studio Team Services) da Microsoft projeta a visualização das tarefas: backlog (proposed) x WIP (active / resolved) x concluído (closed):
Também considere as seguintes métricas:
- Lead Time: tempo entre a criação da tarefa até a conclusão (estado final)
- Cycle Time: considera o tempo entre a tarefa “em progresso” até a conclusão
- Throughput: capacidade de vazão das tarefas
E as estimativas das tarefas? No Kanban, a previsibilidade é obtida pelo comportamento observado do sistema. Se o Lead Time, por exemplo, tiver em média 3 horas, este é o tempo em que a tarefa deverá estar em produção. Em geral, a variação do Lead Time está associado ao WIP não limitado, bloqueios e o tipo de demanda.
O controle visual do processo pode ser configurado utilizando o VSTS. No board visualizamos as atividades que estão a FAZER (Proposed), EM PROGRESSO (Active / Resolved) e FEITO (Closed). O template utilizado do VSTS foi o CMMI, por isso fizemos uma relação dos status das atividades com o Kanban convencional.
Eu trabalho utilizando Kanban em sustentação de sistemas, funciona muito bem, controlando o WIP e as demandas de áreas diferentes
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