Continuando o post anterior sobre DevOps e a ligação com outras práticas, segue abaixo um resumo de Extreme Programming (XP), Lean, Kaizen, Kanban, ITIL e Infrastructure as code.
eXtreme Programming (XP)
É uma metodologia de desenvolvimento de software focada em melhorar a qualidade e a capacidade de resposta à mudanças nos requisitos. Promove lançamentos frequentes.
Entre as principais práticas:
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Lean
Visa melhorar o desempenho dos processos da empresa, identificando e eliminando o desperdício e a causa raiz do defeitos.
Princípios Lean
Gemba: é o local onde as coisas acontecem de verdade – “chão de fábrica”. |
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Kaizen: melhoria contínua
Kaizen é uma prática cultural que significa mudar para melhor. O foco é analisar o ambiente atual onde o valor é criado ou onde o problema:
▪ Não é reportado; não há métricas
▪ Não há discussão de processo; nem documentação sobre ele
▪ Olhar mesmo o que as pessoas estão fazendo, até revisar código, etc.
Princípios:
▪ Bons processos trazem bons resultados ▪ Providencie ações para controlar e corrigir causas raíz ▪ Gemba (go see for yourself) ▪ Converse com dados, gerencie por fatos ▪ Trabalhe como um time ▪ Kaizen é assunto de todos ▪ PDCA para a resolução de problemas |
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Kanban
- Sistema Kanban (pull | limites | valor): sistema puxado, limitado que permite visualizar o fluxo de trabalho em busca da geração de valor.
- Método Kanban (transição | kaizen | gestão): abordagem evolutiva e incremental, implementando mudanças evolutivas e incrementais.
O objetivo do Kanban é tornar problemas explícitos e engajar pessoas na mudança. Entre as principais características:
- Otimização de fluxos de trabalho
- Melhorar a comunicação e colaboração
- Transformação do ambiente de trabalho e evolução dos processos
- Tornar o trabalho mais previsível e estável
Práticas
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WIP (trabalho em progresso)
O trabalho que está em execução naquele determinado ponto do processo. Sinaliza a capacidade de entrega do time. O tamanho precisa ser adequado a expectativa do cliente com a entrega.
Throughput
É uma métrica que demonstra a quantidade de tarefas entregues em um determinado período de tempo. Com isso, podemos avaliar a performance dos times. O vilão da produtividade são as filas.
Lead Time
É o tempo entre a abertura da requisição e o momento que ela entra em seu estado final. Lembre-se que esforço é diferente de prazo.
ITIL
Guia completo para os processos de TI, incluindo gestão de incidentes, portfolio, capacidade e catálogo de serviços. É prescritivo e top down framework. Boa parte exige um modelo waterfall (push-drive model) – 5 livros e bem pesado.
- ITIL: primeiro framework ITSM (IT Service Management)
- 1ª versão: uma série de diretrizes de como gerenciar serviços (início anos 90)
- 2001: ITIL v2 foi publicada com a intenção de ser usada por outros usuários
- 2007: ITIL v3 a última versão (atualizada em 2011) – utiliza uma visão baseada no modelo de processo para controlar e gerenciar serviços.
Fases do ITIL
1- Service Strategy
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Em 1999 o livro The Visible OPS (100 páginas) publica a implementação do ITIL em 4 passos práticos e auditáveis (2004):
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Infraestrutura as code
É uma prática importante a ser adotada, caso queira implementar DevOps na sua organização. Também é pré-requisito para o pipeline de implantação. Tratar a infraestrutura de TI como código permite o gerenciamento e provisionamento de infraestrutura por meio de arquivos.
Além disso, a adoção de práticas poderosas como controle de versão, entrega contínua, etc. Habilita a escala, load balance, disponibilidade e performance exigidas por aplicações modernas.
Por fim, vale relembrar algumas práticas recomendadas por Martin Fowler:
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